Antonio Carlos Pedroso de Siqueira

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TRANSPARÊNCIA É UMA EXIGÊNCIA REAL – (fev/2008)

 

Por Antonio Carlos Pedroso de Siqueira

 

Agora é “prá” valer! Só haverá espaço às empresas que entenderem a importância em adotarem as chamadas boas práticas. O recente caso da suspensão da exportação da carne brasileira é um fato que deixa claro essa questão.

Muitos produtores – importantes e de grande porte – bem como os próprios agentes do governo entenderam, aparentemente, ser possível superar as exigências do novo mercado mediante a obtenção de certificados conferindo-lhes uma condição que, na verdade, na tinham. Julgaram-se, provavelmente, muito hábeis na arte de iludir os atentos compradores neste complexo mercado de alimentos, especialmente destinado diretamente ao consumo humano.

Por uma questão simples e lógica não lograram êxito. Era uma conta simples: Quantas pessoas podem fazer as verificações nas fazendas? Quantas fazendas já estavam a caminho das melhorias necessárias? Quantas poderiam atingir essa condição? E outras perguntas óbvias.

A apresentação de uma quantidade exagerada de produtores levou os importadores a descrer de todas. O caminho escolhido: suspender as compras de carne, até que haja clareza suficiente nas informações.

Enquanto isso a mídia em geral apresenta uma série de informações, bem como comentários de autoridades e produtores que causam uma grande confusão; levando-nos a uma diversidade de opiniões que não permitem que cheguemos à raiz da questão. Ficamos como uma torcida que escolhe um dos lados apenas para expressar alguma opinião, ainda que ausente de sustentação.

Os sinais que a Organização Mundial de Comércio vem dando aos exportadores brasileiros – ao que parece – ainda não foram entendidos pelos produtores brasileiros. A globalização trouxe uma nova forma de barreira às exportações aos países emergentes. Especialmente num momento em que a moeda brasileira vem se valorizando continuamente. Não há nenhuma expectativa, ao menos num horizonte próximo, de mudança nessa política cambial. É um momento, portanto, de implementação de várias ações gestoriais visando: melhor controle sobre custos de comercialização, produção e administração (especialmente financeira); políticas de capitalização alinhadas com as oportunidades e avanços tecnológicos; permanente quantificação analítica dos riscos e suas correlações; quer de natureza operacional (controlável ou não), quer de natureza externa (previsíveis ou não).

Promover a capacitação de todos os integrantes da empresa na busca e implementação constante de boas práticas, que permitam, dentre outras:

a)   Transparência nas informações geradas para os órgãos de decisão, em todos os níveis;

b)  Melhoria dos controles de avaliação na geração de riqueza (valor econômico adicionado), eliminando os impactos de inflação;

c)   Gestão estratégica de riscos, alinhando-as com questões regulatórias e “compliance”;

d)  Efetiva aplicação dos conceitos de “Fair Trade[1] em toda cadeia produtiva;

e)   Divulgação consistente de boas práticas ambientais e sociais.

A Moore Stephens conta com um corpo de profissionais preparados para prestar assessoria às empresas, na avaliação de seus controles internos e na identificação e implementação de práticas de Governança e sistemas de análises dinâmicas, geradas por meio de informes contábeis dotados de maior segurança e tempestivos.

Os efeitos da globalização requerem empresas alinhadas com a nova realidade, não há mais espaço para gestão baseada em “jeitinho”, ou outras que apenas brincam de “faz de conta” com o mercado.

 

[1] "Fair Trade é uma parceria comercial baseada em diálogo, transparência e respeito (...) que oferece a produtores marginalizados melhores condições de comercialização e assegura aos trabalhadores os seus direitos." (IFAT - International Federation for Alternative Trade)

 

 

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siqueira@milenio.com.br

 

 



[1] "Fair Trade é uma parceria comercial baseada em diálogo, transparência e respeito (...) que oferece a produtores marginalizados melhores condições de comercialização e assegura aos trabalhadores os seus direitos." (IFAT - International Federation for Alternative Trade)